Vinhos no Brasil: o que o 1º semestre de 2025 revela e como se preparar para o último quadrimestre
No dia 2 de setembro participei, representando o Grupo Venda Mais Vinho, do ADEGA Ideal, encontro realizado duas vezes por ano que reúne os principais players do mercado de importação, produção e varejo de vinhos no Brasil. Naquela sala, estava representada mais de 60% da comercialização de vinhos do país. Foi um momento de debate consistente e troca de visões que reforçou tanto a força do setor quanto a necessidade de olhar com atenção para o futuro imediato: o último quadrimestre de 2025.
O primeiro semestre mostrou resiliência e amadurecimento, mesmo com juros elevados de 15% ao ano, inflação projetada acima de 5% e volatilidade cambial. De janeiro a junho, o mercado movimentou R$ 8,9 bilhões e a expectativa é chegar a R$ 21 bilhões até dezembro. O perfil de consumo segue em transformação. Os tintos ainda lideram com 66% de participação. Os vinhos brancos atingiram 25%, o maior percentual histórico, e os rosés ficaram em 9%. Mesmo com um inverno rigoroso, os espumantes cresceram 21% no semestre. Dentro da categoria, zero álcool avançou 88,7%, Nature cresceu 21,3% e Moscatel subiu 1,7%, mantendo representatividade alta, embora com expansão tímida. Em paralelo, o sell-out premium acelerou, com origens diferenciadas e curadoria autoral ganhando espaço. O consumidor busca identidade, autenticidade e experiências.
Se há uma palavra que define 2025, é eficiência. A multicanalidade deixou de ser tendência para se tornar um pilar estratégico. Não basta vender em vários canais. É preciso conectar a jornada do consumidor com consistência, qualidade de atendimento e curadoria.
A profissionalização do setor se traduz em logística ágil, prazos flexíveis, suporte consultivo e relacionamento contínuo, critérios que passaram a ser exigidos por clientes e parceiros. Esse movimento se torna ainda mais evidente nas “pequenas gigantes”, lojas de operação enxuta, mas com experiência robusta. Elas promovem degustações, mantêm confrarias, educam o público e integram físico e digital com inteligência. Custos controlados e proposta de valor clara resultam em fidelização e vantagem competitiva real.
Entre setembro e dezembro concentra-se cerca de 50% das vendas anuais de vinho. O trimestre final traz oportunidade e pressão comercial. Os brancos tendem a consolidar a marca histórica de 25% de participação, com ainda mais protagonismo no verão e nas festas de fim de ano.
Os espumantes seguirão no centro das celebrações. Zero álcool e Nature devem puxar o consumo, ao lado da tradição dos Moscatéis. O consumidor continuará a procurar rótulos diferenciados, sobretudo em Black Friday, Natal e Réveillon. Empresas eficientes e verdadeiramente multicanais terão mais capacidade de atender às demandas desse novo público, que valoriza conveniência, atendimento consultivo e coerência de portfólio.
O encontro do ADEGA Ideal confirmou o que os dados indicavam. O Brasil vive um processo de amadurecimento e profissionalização no consumo de vinhos. Os próximos quatro meses não serão apenas o pico de vendas do ano. Serão a chance de consolidar o novo padrão de consumo. Quem unir eficiência multicanal, curadoria e experiências memoráveis sairá na frente.
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